

Interação, racismo, desigualdade social e empatia são apenas alguns dos conceitos que o projeto “Espelho invisível” trabalhará com os estudantes do 9º ano durante seis semanas. A partir da leitura, análise e a reflexão da obra “Quarto de despejo”, de Carolina Maria de Jesus, a proposta impulsionará uma rica construção de saberes interdisciplinares, envolvendo aspectos literários, artísticos, sociais e humanitários.
“A partir da obra de Carolina, os estudantes são convidados a refletir sobre o traço da desigualdade social no Brasil e perceber a riqueza humana que, muitas vezes, passa despercebida nos ‘invisíveis’, aquelas pessoas que fazem parte do nosso cotidiano e que nem percebemos a presença”, explica o professor Felipe Diogo, idealizador do projeto.

Para tanto, eles devem voltar sua atenção a porteiros, vigias, cantineiros, inspetores, faxineiros e outros profissionais que habitam seus cotidianos, adentrar um pouco em seus universos, estendendo-lhes um olhar humanizado e empático e vivenciando uma interação inédita para, em seguida, traduzir essa experiência em textos.
As conexões humanas também estarão presentes em manifestações artísticas construídas a partir de fotografias que pretendem integrar, em poses interativas, os grupos que estão em casa e no colégio, já que as aulas estão acontecendo no sistema híbrido de ensino. Elas se transformarão em painéis pela técnica urbana do “lambe-lambe” seguindo as aulas da Professora de Arte, Carolina Antonio.
“O projeto, em si, é uma forma de ampliar o olhar humano para nossa sociedade tão desigual, por meio da pesquisa, literatura, produção de conteúdo e arte, atendendo à proposta de educação integral do INSP que contempla a formação humana, acadêmica e espiritual dos estudantes”, finaliza Felipe.
